Comemoração de 22 anos do projeto contou com a presença de mil pessoas entre alunos e familiares
Ao mesmo tempo que há muito o que comemorar, também existem ainda desafios a serem enfrentados
A comemoração de 22 anos do projeto contou com a presença de mil pessoas entre alunos e familiares, do presidente do projeto, Sergio Corrêa, de deputados, autoridades municipais e instituições parceiras.
Ao mesmo tempo que há muito o que comemorar, também existem ainda desafios a serem enfrentados. Por causa das dificuldades financeiras geradas no período da pandemia, temporariamente, o projeto, que mantinha os alunos das 7h às 16h, está atendendo em período reduzido. As atividades extracurriculares estão suspensas, assim como o atendimento médico. Atualmente os alunos levam cinco pães para casa duas vezes por semana para ajudar na alimentação da família, mas antes da pandemia levavam cinco vezes. A meta é que tudo volte ao normal o quanto antes. O projeto conseguiu se manter em funcionamento por toda a pandemia, mas as doações que o mantêm em funcionamento diminuíram, conforme conta o diretor do projeto Edmilson Nunes.
Outro desafio foi pensar em aulas remotas quando muitas famílias não tinham acesso à internet: “foram desenvolvidos vários trabalhos para priorizarmos a igualdade de oportunidades e uma aprendizagem significativa. Distribuímos material impresso aos alunos que não tinham acesso à internet e fizemos atendimentos pedagógico e psicológico para alunos que apresentavam algum tipo de dificuldade na aprendizagem, o que permitiu que tanto o trabalho educacional quanto o social, que fazem parte do plano de ação da nossa instituição, fluíssem”, conta Nunes.
O resultado de tanto esforço foi visto nas boas pontuações e aprovações no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), no baixo índice de evasão escolar e na preservação de todos os empregos dos educadores.
Visando estender a ajuda social já oferecida para todo o sertão nordestino, em 2020 foi iniciada a campanha SOS Famílias do Sertão.
Desde então, já foram doadas mais de 32 toneladas de alimentos a 7.430 famílias. Mas o número de famílias necessitadas é muito grande e o SOS ainda não consegue atender a todas.
Nunes explica que a situação das famílias é extremamente difícil, pois elas vivem em povoados isolados e não têm a quem pedir ajuda: “precisamos de pessoas dispostas a fazerem o bem. O SOS tem o objetivo de alcançar doadores que possam nos ajudar com qualquer valor porque acreditamos que juntos somos mais fortes e que a corrente de ações e doações devolverá a esperança de um futuro digno a essas pessoas”.
Os programas do Nova Canaã são desenvolvidos graças às contribuições voluntárias dos que acreditam na missão do projeto.
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